quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Deus une almas solitárias para momentos compartilharem durante a caminhada. Eu vi o sol nascer e também o vi se pôr, foi lindo mas todos os dias esta cena se repete. É diferente da mãe lua que somente brilha quando em meu céu habita, os dias são poucos as horas corriqueiras, vens e vais mas nunca me deixas para trás. Sempre que podes, o Lua minha, voltas para me iluminar e minha frágil mente clarear. Mas sol e lua o tempo não acumula. Eu poderia saber, mas preferi esquecer o dia do meu pedido correspondido. Mas quando vi teus olhos pude entender que se ignorasse, isso em você iria doer. Tão relaxada, despreocupada, desvairada, leviana, a serpente venenosa sem escamas.
Sua paciência é curta, a minha desnuda. Seu temperamento é calmo, o meu um escárnio. Nossa chatice é conjunta mas a minha supera qualquer loucura. Eu sou um fardo pesado que precisa ser carregado sem reclamações ou interrupções.
Com um olhar posso ver quando minhas palavras te machucam. Posso sentir quando teus olhos se perturbam. Minhas atitudes imediatas, aleatórias e sem hora marcada são o marco para pedir um tempo e repensar nesta escolha sensata. Meus olhos são como doces ilusões venenosas, quando menos percebes já estás anestesiado por esta docil cobra. Meu olhar de menina carente, ingenua e decente esconde a mulher sem alma que compartilha segredos com o senhor das chamas.
Mas assim não sou. Mas assim serei. E assim tudo começou pelo erro que nunca encarei. Mas como encarar algo sem te-lo antes feito? Não há erros com concertos. Abstratos, complexos, concretos e sem nexos são os erros sem preceito e de completos preconceitos que escondo de mim pelo olhar de um espelho.
Mas teus olhos tentam me levar para o lado certo. Mas os meus questionam o incerto. Se há dois lados, por que arruinar o inevitavel?...

Um comentário:

  1. E aqui esta minha continuação com perguntas (para todos) e respostas pessoais...Se puderes diga-me o que nisso tudo te atrai...(?)

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